Informação sobre dengue, causas, sintomas, diagnóstico e tratamento da dengue, de modo a que cada pessoa possa ter conhecimento deste problema de saúde, identificando práticas que possam contribuir para prevenir e diminuir a sua ocorrência.


domingo, 27 de julho de 2014

Viajantes têm papel importante na dengue

Os viajantes têm um papel essencial na epidemiologia global de infeções por dengue, já que os viajantes com viremia transportam vários sorotipos da doença e as estirpes, em áreas com mosquitos que podem transmitir a infeção. Além disso, os viajantes executam outro serviço essencial no fornecimento de alertas precoces para eventos noutras partes do mundo. Os viajantes muitas vezes transportam o vírus da dengue de áreas tropicais de países em desenvolvimento, onde existem instalações laboratoriais limitadas, quando comparadas com os países desenvolvidos, onde existem laboratórios que podem identificar os sorotipos do vírus. O acesso a instalações de pesquisa faz com que seja possível obter informações mais detalhadas sobre um vírus, incluindo o sorotipo e mesmo o sequenciamento, sendo que esta informação torna-se valiosa. Coleta sistemática de amostras podem ter benefícios futuros à medida que novas tecnologias ficam disponíveis.
A partir dos dados coletados longitudinalmente ao longo de uma década pela Rede de Vigilância GeoSentinel (www.geosentinel.org) foi possível,, por exemplo, analisar a morbidade mês a mês a partir de uma amostra de 522 casos de dengue em proporção de todos os diagnósticos em 24.920 viajantes que regressaram de viagem aos Estados Unidos, atendidos em 33 locais de vigilância. Dengue está relacionada uma sazonalidade definida para várias regiões (Sudeste da Ásia, Sul da Ásia Central, Caribe, América do Sul).
Informações sobre a dengue em viajantes, através de vigilância de sentinela, podem ser compartilhadas rapidamente para alertar a comunidade internacional para o aparecimento de epidemias em áreas endêmicas, onde não há vigilância e notificação de dengue, bem como a dispersão geográfica dos sorotipos e genótipos do vírus de novas áreas, o que aumenta o risco de dengue grave.
As informações também podem auxiliar os médicos em regiões temperadas (a maioria dos quais não são formados em doenças clínicas tropicais) a estarem alerta para casos de dengue em viajantes doentes. 
As manifestações clínicas e complicações da dengue também podem ser estudadas em viajantes (a maioria deles adultos e não-imunes) já que dengue pode apresentar-se de forma diferente em comparação com a população endêmica (a maioria deles na faixa etária pediátrica e com imunidade pré-existente). No entanto, a desvantagem de tal vigilância de sentinela, é a falta de um denominador de incidência de risco real, que não pode ser determinado. Um aumento de casos em viajantes pode ser devido ao aumento da atividade de circulação de pessoas para áreas endêmicas da dengue.

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